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indutivo e dedutivo

Veja como os métodos indutivo e dedutivo são usados em artigos científicos

Durante o desenvolvimento da pesquisa científica, qual método utilizar, indutivo ou dedutivo? Entender a diferença dos conceitos e delimitar qual e como o método será utilizado para execução do trabalho é indispensável para que exista um posicionamento científico seguido à risca.

Afinal de contas, pesquisas científicas precisam de objetividade e praticidade no seu desenvolvimento. Assim, quanto maior o seu entendimento sobre os diferentes métodos que podem ser utilizados, maior a chance de você fazer uma escolha certeira e coerente com o trabalho.

Pensando justamente nesses pontos, preparamos um post explicando sobre os métodos indutivo e dedutivo. Continue a leitura e tire suas principais dúvidas sobre o assunto!

O que são os métodos indutivo e dedutivo?

Conforme mencionado, os dois métodos podem ser utilizados em pesquisas e artigos científicos. É preciso dizer que um não é superior ao outro, o que pode existir é que, de acordo com a abordagem de determinado trabalho, é mais viável priorizar um do que o outro.

Apesar disso, ambos têm suas vantagens e podem levantar contribuições nas pesquisas. A seguir, detalhamos as definições de cada um dos termos.

Dedutivo

Como o próprio nome sugere, esse método envolve a dedução de fatos para que, a partir disso, seja possível chegar a uma conclusão. Porém, nem pense que isso diminui ou limita a metodologia utilizada: o método dedutivo exige a criação de um quadro analítico pré-estabelecido, com categorias utilizadas para explicar hipóteses a partir de uma entrevista analisada, por exemplo.

Em outras palavras, sabe quando você faz anotações sobre um assunto acadêmico em seu caderno utilizando diferentes cores? É possível que tenha usado um critério por trás da escolha das cores. Então, ao analisar o resumo feito no caderno, as cores servem como guias para encontrar conceitos e códigos. A cor azul pode representar o assunto A, e a cor rosa, o assunto B.

Esse tipo de ação pode ser enquadrada como o método dedutivo, em que houve a dedução de que determinada cor se encaixasse melhor em uma categoria do que em outra. Ainda assim, existe a abertura para que novas categorias sejam criadas com base na análise, caso o pesquisador sinta essa necessidade.

Quer dizer, a análise dedutiva é iniciada a partir de generalizações acerca de um assunto. Feito isso, os fatos começam a serem analisados de modo minucioso, para que o conhecimento geral se torne específico, à medida que o pesquisador se aprofunda nos argumentos e fatos averiguados.

Método dedutivo na prática

Um exemplo clássico, e que você possivelmente conhece, é a frase: “todos os homens são mortais. Sócrates é um homem. Portanto, Sócrates é mortal.” O raciocínio por trás da expressão parte do seguinte ciclo:

  • formulação de um problema (‘’todos os homens são mortais. Sócrates é um homem’’);
  • formulação de uma hipótese;
  • verificação da hipótese (observação, experimentação);
  • obtenção de uma teoria (‘’portanto, Sócrates é mortal.’’).

Todas as informações da teoria formulada já estavam, mesmo que apenas implicitamente, nas premissas. Por isso, é dito que o método dedutivo parte de generalizações. Assim, se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será.

Dessa maneira, pode-se dizer também que o método dedutivo não produz conhecimentos novos, já que é sempre formulado a partir de ideias já existentes. O ponto é que a metodologia funciona de forma analítica, que observa as informações para chegar a um resultado.

Indutivo

Diferentemente da metodologia citada anteriormente, o método indutivo não conta com a formulação prévia de categorias e parte de informações específicas para as gerais. Em outras palavras, é como se você fosse analisar uma entrevista realizada para o desenvolvimento de uma pesquisa e selecionar trechos relevantes com o problema de pesquisa previamente definido.

Para isso, é preciso que o método de análise adotado ocorra por meio de uma vigilância sistemática e adote regras para tal, o que aumenta sua qualidade e segurança. Dessa maneira, o pesquisador pode formular diversas teorias e suposições que sugiram uma verdade.

Essa tentativa de validar uma verdade ocorre com a colaboração do modo empírico, que envolve observação e experimentação. Por esse motivo, a metodologia também costuma ser chamada de intuitiva, já que tenta prever o futuro e formular hipóteses com base em experiências.

Método intuitivo na prática

Para ajudar você na compreensão do conceito, a seguinte frase pode ser útil: ‘’tenho visto muitos cisnes e eles eram todos brancos. Portanto, todos os cisnes são brancos.’’ Diferentemente do exemplo trazido na metodologia dedutivo, este parte da conclusão de que todos os cisnes são brancos, para formular uma teoria, ou de um caso particular para o geral. Veja, a seguir:

  • observação e/ou experimentação (‘’tenho visto muitos cisnes e eles eram todos brancos.’’);
  • formulação de hipóteses explicativas;
  • definição de teorias (‘’todos os cisnes são brancos.’’).

Entretanto, conforme mencionado, a metodologia indutiva parte de intuições e tenta formular hipóteses, que nem sempre se comprovam como verdadeiras. Nesse caso, por exemplo, já sabemos que também existem cisnes negros. Quer dizer, mesmo que todas as premissas sejam verdadeiras, a conclusão não tem que ser necessariamente um fato.

Quais as diferenças entre método indutivo e dedutivo?

Como você pôde perceber, apesar da similaridade na forma de estudo e até na pronúncia, o método indutivo e dedutivo têm inúmeras diferenças que, se confundidas, podem atrapalhar todo o seu raciocínio durante uma pesquisa.

O dedutivo parte de verdades gerais e conclusões já conhecidas e existentes, enquanto o indutivo observa e supõe, por meio de dados para chegar a uma conclusão. Apesar disso, como semelhança, ambos os conceitos não criam conhecimentos novos e partem de uma suposição.

Conseguiu perceber a diferença entre método indutivo e dedutivo? Os conceitos costumam atuar de forma divergente, apesar de existirem algumas semelhanças entre eles. Mas confundir os dois na hora de fazer uma pesquisa ou artigo científico pode invalidar todo o seu trabalho, já que a aplicação vai ocorrer de forma errônea.

Então, o que achou do assunto? Conseguiu entender? Compartilhe conosco e com os demais leitores sua visão e dúvidas sobre o tema para que um possa ajudar o outro!

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